sábado, 13 de novembro de 2021

Caju (Anacardium occidentale)

FAMÍLIA: ANACARDIACEAE
NOMECOMUM: Caju


Características gerais

     O cajueiro é originário da região nordeste do Brasil, com copa tortuosa e de diferentes portes. Na natureza existem dois tipos: o comum (ou gigante) e o anão. O tipo comum pode atingir entre 5 e 12 metros de altura, mas em condições muito propícias pode chegar a 20 metros. O tipo anão possui altura média de 4 metros.

    Seu fruto, a castanha de caju, tem uma forma semelhante a um rim humano; a amêndoa contida no interior da castanha, quando seca e torrada, é popularmente conhecida como castanha-de-caju. Prologando-se ao fruto, existe um pedúnculo (seu pseudofruto) maior, macio, piriforme, também comestível, de cor alaranjada ou avermelhada; é geralmente confundido como fruto. Designado como pedúnculo ou pseudofruto, esta estrutura amadurece colorido em amarelo e/ou vermelho e varia entre o tamanho de uma ameixa e o de uma pêra (5–11 cm).

    Suas folhas são obovadas (isto é, têm a forma de um ovo invertido), apresentando-se coriáceas e subcoriáceas. As flores dispõem-se em panículas.

 

Usos

    A madeira é apropriada para construção civil, serviços de torno, carpintaria e marcenaria, confecção de cabos de ferramentas agrícolas, cepas de tamanco e caixotaria. A árvore é muito cultivada em quase todo o Brasil e no exterior para a obtenção de seu pseudofruto (caju) e de sua castanha; os frutos são muito consumidos em todo o país, e a castanha é bastante popular e exportada para quase todo o mundo. Os frutos ou pedúnculos podem ser consumidos in natura, na forma de suco e de doces caseiros. O suco de seu fruto é industrializado e altamente apreciado em todo o país. A casca da castanha fornece um óleo industrial. É planta indispensável nos pomares da costa litorânea brasileira. As flores são melíferas.

    Além do fruto, a casca da árvore é também utilizada como adstringente e tônico. O tronco do cajueiro produz uma resina amarela, conhecida por goma do cajueiro, que pode substituir a goma arábica, e que é usada na indústria do papel até a indústria farmacêutica. As flores são especialmente melíferas e têm propriedades tônicas, já que contêm anacardina. Da seiva produz-se tinta. A raiz tem propriedades purgativas.


Propagação

    Os frutos completos (pedúnculo e castanha) devem ser colhidos diretamente da árvore, separando-se as castanhas (verdadeiro fruto) da parte suculenta (pseudofruto). Um quilograma desse material contém 240 unidades. As sementes (castanhas com casca) possuem baixa germinação quando semeadas diretamente; devem ser tratadas para eliminar os inibidores de germinação; isso pode ser obtido deixando-as em repouso dentro da água durante 48 horas, porém trocando-se a água a cada 8 horas. Semeá-las em seguida diretamente em embalagens individuais contendo substrato arenoso enriquecido de matéria orgânica. A emergência demora 10 a 20 dias e a germinação geralmente é alta. Manter as mudas a pleno sol até que alcancem mais de 30 centímetros, quando estarão prontas para o plantio no local definitivo. O desenvolvimento das plantas no campo é lento.


Curiosidades
O maior cajueiro do mundo encontra-se em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, conforme comprovado pelo Guiness Book na década de 1980.
É muito cultivado nas regiões tropicais da América, África e Ásia. Os maiores exportadores mundiais de amêndoa de castanha de caju são Índia, Vietnã e Brasil.


Fonte: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cajueiro

Juá (Solanum palinacanthum)

 FAMÍLIA: SOLANACEAE

NOME COMUM: Juá, joá, arrebenta-cavalo, mata-cavalo, melancia-da-praia

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Características gerais

  A  planta é um arbusto ereto, com 0,5 - 1,0 m de altura (Figura 8  A), corola púrpura, lilás ou  violácea;  inflorescência  com  cinco  a  dez  flores,  fortemente  aculeado, caule e ramos cilíndricos, tricomas glandulares  esparsos, acúleos aciculares 0,2-1,6 cm,  folhas isoladas, aculeadas, com lâminas de 4,0-12 x  8,0-12 cm oval-lanceoladas  ou oval-cordiforme, ápice agudo ou obtuso com,  4-6 pares de  lobos.  Inflorescência  tipo  cimeiras  simples  subsésseis.  O  fruto  (Figura  8 B) é uma baga globosa 3,0-3,5 cm diâmetro, glabra, epicarpo fosco, verde variegado quando imaturo e  amarelo claro quando na maturação, sementes beges lentiformes  3,0-4,0  x  3,0-3,9 mm,  espécie exclusiva da  América do Sul, com distribuição no Brasil, Bolívia, Paraguai e  Argentina, em  altitudes abaixo de 1200 m (Agra et al, 2009). Possui distribuição ampla no Brasil, ocorrendo do Norte ao Sul do País. 

 

Toxicidade


Usos

 

Propagação

Propaga-se por sementes




Fonte: 

Coleção de germoplasma de espécies silvestres de Solanum  da Embrapa. 19p.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

FAMÍLIA: LYTHRACEAE

NOME COMUM: 


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Características

    Arbustos a arvoretas, bastante ramificados, (0,4-)1,5-4m. Folhas eucamptódromas, pecioladas, glabras ou com tricomas esparsos nas nervuras, membranáceas a cartáceas, elípticas, elíptico-lanceoladas a oblongas 15-60×5-30mm, ápice agudo, raro obtuso, margem plana a subrevoluta, base aguda, atenuada, nervuras 2-3 de cada lado; pecíolo 3-8mm. Racemos compostos, frondosos, pedicelo 3,5-6mm, bractéolas ovais a obovais, 4,5-6,5mm. Flores com tubo floral 4-4,5mm, glabro, segmentos do epicálice achatados, glabros ou ciliados, deflexos a patentes, 2,5-3,5mm; sépalas glabras ou ciliadas, 4-5mm; corola branca, 2,5-3mm diâm.; estames 12; óvulos 44-54. Frutos castanhos tipo cápsula. Trata-se da espécie com a mais ampla distribuição do gênero, tendo sido registrada até o presente no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.

    Floresce praticamente o ano todo. É polinizada por abelhas e suas sementes são dispersadas pelo vento. Ocorre em Cerrado (lato sensu) e Floresta Ciliar. Seu risco de extinção não está avaliado, mas, do mesmo gênero, outras espécies possuem distribuição restrita e estão ameaçadas, como é o caso do Diplusodon villosissimus e Diplusodon aggregatifolius, ambas consideradas raras, com ocorrência em Minas Gerais e em risco de extinção.






Fonte: Guia de Plantas: Flores no Campo Rupestre. Lídia Maria dos Santos, 1Ed. Vale. 37p

Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 2 Cavalcanti, T.B. & Graham, S. 2002. 175p



quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Cardo-santo (Argemone mexicana)

 

FAMÍLIA: PAPAVERACEAE

NOME COMUM: cardo-santo, papoula-do-méxico, figo-do-inferno, papoula-de-espinho, papoula-espinhosa, cardo-amarelo, cardo-santa-maria

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Características gerais

É uma planta de origem mexicana e recentemente se adaptou amplamente nos EUA, Índia, Etiópia e em algumas regiões do Brasil. É uma erva anual, herbácea, espinhenta, ereta, ramificada, de 40-100 cm de altura com uma seiva amarela, que é usada pelos indígenas dos EUA ocidental e partes do México. A resina de argemone contém berberine e protopine, que na medicina são usados como sedativo.

 

Toxicidade

As sementes contém de 22 a 36 por cento de um óleo chamado de argemone, que contém alcalóides tóxicos. A última contaminação com esse óleo ocorreu na Índia, em 1998: 1% de adulteração no óleo de mostarda pelo argemone provocou doenças clínicas.

 

Usos

Esta planta e também seu extrato são vendidos on-line como substitutos da marijuana (cannabis). Argemone mexicana também é usada pelos tradicionais curandeiros em Mali para tratar a Malária. Faz parte da família Papaverácea, informalmente conhecida como papoulas, que é uma importante família etnofarmacológica de 44 gêneros e cerca de 760 espécies de plantas com flores. A planta é fonte de diversos tipos de compostos químicos, como flavonoides, embora os alcaloides sejam os mais encontrados. Além da eficácia farmacêutica, certas partes da planta também mostram efeitos tóxicos. É usada em diferentes partes do mundo, para o tratamento de várias doenças, incluindo tumores, verrugas, doenças de pele, reumatismo, inflamações, icterícia, lepra, infecções microbianas, malária] e como larvicida contra o Aedes aegypti, vetor da dengue.

 

Propagação

Propaga-se por sementes

Detalhe do fruto

Detalhe das sementes

Hábito


Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Argemone_mexicana

Plantas Daninhas do Brasil. Harri Lorenzi, 4° Edição. 450p.

Cipó-de-são-joão (Pyrostegia venusta)

FAMÍLIA: BIGNONIACEAE

NOME COMUM:  flor-de-são-joão, cipó-de-são-joão, cipó-bela-flor, marquesa-de-belas, cipó-pé-de lagartixa, cipó-de-lagarto, cipó-de-fogo,

Detalhe das flores

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Características gerais

Trepadeira semilenhosa, vigorosa, de folhagem decídua no inverno, nativa em quase todo o país, de ramagem densa e florescimento vistoso, encontrada com muita frequência em campos, revestindo barrancos, margens de estradas e cercas. Inflorescências numerosas, com flores tubulares, longas, alaranjadas, claras ou escuras, formadas nos meses de inverno, quando destaca-se do restante da vegetação. Ocorre, também, uma variedade de flores amarelas, rara em cultivo. É a flor que enfeita os mastros das festas juninas e eleita como a flor representativa da cidade de Campinas, SP.

 

Usos

É indicada para cultivo a pleno sol para revestir grades, cercas, pórticos e pérgolas, em canteiros de solos bem drenáveis. O estresse hídrico que ocorre no inverno é fundamental para um bom florescimento.

 

Importância daninha

É uma infestante muito comum em pastagens culturas perenes, cercas e terrenos baldios, principalmente em solos arenosos e pobres, Seu dano é maior em cafezais e pomares. É utilizada na farmacopeia popular.

 

Propagação

Multiplica-se por semente e, com dificuldade por alporquia na forma amarela.

Hábito



Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Pyrostegia_venusta

- Plantas Daninhas do Brasil. Harri Lorenzi, 4° Edição. 192p.

- Guia das Plantas do Cerrado. Vinícius Castro Souza. (et al). 1° Edição. 133p.

- Plantas Para Jardim no Brasil. 2° Edição. 453p.